O fim da Primeira Guerra Mundial determinou mudanças estruturais no mapa da Europa, resultantes da desintegração dos Grandes Impérios, girando em torno do modelo liberal e da visão wilsoniana resumida nos «14 pontos». O novo modelo de construção da paz gerou, além de benefícios claros, vários desafios, vividos de forma mais aguda pela Roménia e pelos Estados da Europa Central e Oriental, principalmente motivados pela preservação do seu status quo. A criação e evolução da Pequena Entente de uma estrutura predominantemente defensiva para uma organização com características federativas proporcionam uma perspetiva original. Prenuncia, como possível modelo e fonte de inspiração, a construção das Comunidades Europeias na década de 1950. De particular relevância, pelo potencial de exemplaridade, são a arquitetura institucional, os princípios de organização e o funcionamento em regime de rotatividade e consenso, estabelecidos através do Pacto de Organização da Pequena Entente (1933).
UM MODELO DE COOPERAÇÃO AVANT LA LETTRE PARA UMA EUROPA UNIDA. AS PREMISSAS E A EVOLUÇÃO DA PEQUENA ENTENTE (1933)
https://doi.org/10.26619/1647-7251.14.2.15
MIRCEA ILIESCU
Resumo
Palavras-chave
Europa, mudanças estruturais, Pequena Entente, características federativas, integração, modelo potencial
Artigo publicado em 2023-11-29