SINO-BRAZILIAN COOPERATION IN ANALYSIS: BILATERALISM, MULTILATERALISM AND MINILATERALISM

https://doi.org/10.26619/1647-7251.DT0324.2
ANTÓNIO TAVARES, ASYA GASPARYAN, CÁTIA M. COSTA, JOSÉ PALMEIRA, PAULO AFONSO B. DUARTE, SABRINA E. MEDEIROS

Resumo

O atual sistema internacional passa por diversas mudanças estruturais impulsionadas pelo chamado Sul Global, na tentativa de alterar as normas e as organizações estruturantes construídas após a Segunda Guerra Mundial sob a hegemonia dos EUA. Os Estados emergentes, que têm uma grande influência no sistema internacional, questionam frequentemente a natureza ocidentalizada da governação global e das suas principais instituições, como as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Neste contexto, parece pertinente estudar os casos do Brasil e da China, que procuram mudanças nas relações tradicionais Norte-Sul que há muito não conseguem reflectir a dinâmica de poder resultante da sua emergência. Para tal, prestaremos especial atenção não só às suas iniciativas bilaterais e multilaterais, mas também ao potencial do minilateralismo como abordagem complementar no processo, apesar de muitas vezes negligenciado pela literatura. Com base nesta lacuna, argumentamos que a interação entre bilateralismo, multilateralismo e minilateralismo é crucial nos esforços sino-brasileiros para reformar estruturas obsoletas em prol dos seus próprios interesses e dos do Sul Global. Dito isto, a pergunta de pesquisa que norteará nosso estudo é a seguinte: Qual o papel do bilateralismo, do multilateralismo e do minilateralismo nas relações sino-brasileiras? Centrando-nos nas dinâmicas específicas de cooperação bilateral e de minicooperação, juntamente com os fóruns multilaterais em que a China e o Brasil estão integrados – nomeadamente o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas, o Novo Banco de Desenvolvimento, os BRICS, o BASIC, o G20, entre outros – pode-se esperar a interação entre bilateralismo, multilateralismo e minilateralismo para assumir um papel crescente e complementar nas relações sino brasileiras.

Palavras-chave

Bilateralismo, Brasil, China, Sul Global, Minilateralismo, Multilateralismo
Artigo publicado em 2024-12-17

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e-ISSN: 1647-7251

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Periodicidade: semestral
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