A distância é um véu de ignorância e mesmo quando se consegue lidar com os pendores de pontos de observações específicos, continuamos a não ver removida qualquer fricção causada por diferenças socioculturais singulares. Sendo uma das últimas regiões inexploradas do mundo, o Ártico revela dinâmicas únicas, evidenciando dilemas complexos e escolhas que frequentemente envolvem mais do que uma dimensão a que os Estados devem prestar atenção para tomar decisões, escolher lados, definir políticas, entrar em conflitos ou apoiar ou não determinados aliados. A análise agora apresentada, atende às questões levantadas pelo unilateralismo jurídico canadiano, face às potencialidades geoestratégicas da nova rota marítima. Facto que tem muito a revelar para a correta compreensão da política externa canadiana, mas que também muito nos diz sobre o contexto geopolítico de mesoescala, nomeadamente sobre a necessidade de uma política securitária, conjunta e coesa, para contenção do maior ator regional – Rússia.
POLÍTICA EXTERNA DO CANADÁ PARA A NOVA ROTA ÁRTICA AMEAÇAS E OPORTUNIDADES NA ESTRATÉGIA MARÍTIMA
https://doi.org/10.26619/1647-7251.14.2.10
Luis António Cuco de Jesus
Resumo
Palavras-chave
Segurança Marítima, Passagem do Noroeste, Política externa Canadiana, Geopolítica do Ártico
Artigo publicado em 2023-11-30