O presente estudo examina a relevância e a aplicabilidade de uma abordagem de governação inclusiva no contexto das Instituições de Ensino Superior. Salienta-se que o ensino superior, à escala global, se encontra em transformação, orientando-se progressivamente para os princípios da democratização, da diversidade e da inclusão. A governação inclusiva, neste quadro, é entendida como um modelo que promove a participação ativa das diversas partes interessadas nos processos de tomada de decisão, sustentado em princípios de transparência, responsabilidade e estruturas participativas. O estudo sublinha a importância de integrar estudantes, pessoal docente e não docente, bem como entidades externas, nos mecanismos de governação universitária, reconhecendo que a inclusão vai além da mera representação simbólica, implicando uma participação efetiva e um poder de decisão real. Este modelo de governação deve ser apoiado por uma cultura institucional propícia, práticas de liderança inclusiva e dispositivos estruturais adequados. O estudo defende que a adoção de práticas inclusivas de governação acrescenta valor significativo ao ensino superior, particularmente em domínios como a garantia da qualidade, o sucesso académico e a responsabilidade social das instituições. Em síntese, considera-se que as instituições de ensino superior devem assumir-se não apenas como centros de produção e disseminação de conhecimento, mas também como espaços que promovem ativamente a justiça social, a igualdade e a participação democrática. Para que esta transformação seja efetiva, recomenda-se a integração dos princípios e práticas fundamentais da governação inclusiva nos sistemas administrativos e na cultura organizacional das universidades.