A República Popular da China e os países da União Europeia (UE) assinaram vários acordos diplomáticos para cooperação sob diferentes tipos de concepção. A França foi o primeiro país da UE a iniciar uma parceria abrangente com a China em 1997 e, até 2021, entre os 27 países membros da UE, 19 já haviam estabelecido parcerias com a China (as exceções foram Estónia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Eslováquia , Eslovénia e Suécia). Desde que a Nova Rota da Seda (NRS) foi anunciada em 2013, 18 estados membros da UE (exceto Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Espanha e Suécia) assinaram Memorandos de Entedimento (MdE) com a China. Este estudo investiga, no entanto, porque razão alguns dos países optaram por assinar um MdE da NRS, mas não estabelecer parcerias com a China. Por outro lado, alguns países que há muito mantêm parcerias com a China aprofundaram ou fortaleceram essas parcerias, mas ainda não assinaram um MdE da NRS. O presente estudo coloca como principal questão de investigação: até que ponto o quadro de parceria chinês facilita a cooperação prática entre os países da UE e a China? O estudo também coloca as seguintes questões secundárias: Quais são as principais diferenças entre estes documentos de cooperação? Essas diferenças na documentação resultam em discrepâncias na natureza da cooperação? Numa perspetiva bilateral entre estados, o artigo compara declarações conjuntas relativas a parcerias chinesas com diferentes países da UE, analisando até que ponto estão adaptadas à especificidade de cada país europeu. Através da revisão da literatura, as autoras coletam dados sobre os resultados da cooperação nas áreas do comércio e do investimento entre a China e os estados membros da UE e analisam os documentos diplomáticos oficiais disponíveis.
CHINA AND EUROPEAN UNION COUNTRIES: DO CHINESE PARTNERSHIPS BOOST COOPERATION RESULTS?
https://doi.org/10.26619/1647-7251.DT0123.1
CÁTIA MIRIAM COSTA, YICHAO LI
Resumo
Palavras-chave
Nova Rota da Seda, Parcerias Chinesas, União Europeia, Investimento Direto Estrangeiro, Comércio, Investimento
Artigo publicado em 2023-09-28