Após dois governos consecutivos e bem-sucedidos na década de 2000, Luiz Inácio Lula da Silva retornou ao cargo de Presidente do Brasil em 2023. Os cenários tanto interno quanto externo mudaram consideravelmente desde que Lula deixou o poder da última vez, e novos desafios mostram-se prementes para o seu terceiro mandato. Contudo, um objetivo histórico e de longo prazo foi reenquadrado novamente pelo país como uma questão de alta relevância: a reforma da governança global. Dessa forma, este artigo visa a compreender as razões por trás da (re)priorização da reforma da governança global na política externa do Brasil durante o primeiro ano do “Lula 3”. Baseado numa investigação qualitativa, ele lida com as bases e os recentes desenvolvimentos da política externa brasileira, particularmente no que concerne às relações do Brasil com a China e suas considerações acerca do Sul Global, bem como com as dinâmicas entre a diplomacia presidencial do Lula e o papel institucional do Ministério das Relações Exteriores, também conhecido como Itamaraty. Ademais, ele trata dos debates que envolvem Análise de Política Externa, Governança Global e as intersecções entre política interna e externa. Este artigo chega a sua conclusão ao identificar que o Brasil priorizou a reforma da governança global como uma maneira de alinhar suas aspirações internacionais com suas necessidades domésticas.
BRAZILIAN FOREIGN POLICY UNDER “LULA 3”: THE REFORM OF GLOBAL GOVERNANCE AS AN EXTENSION OF DOMESTIC POLITICS AND INTERNATIONAL (RE)ENGAGEMENT
https://doi.org/10.26619/1647-7251.DT0324.4
PEDRO STEENHAGEN
Resumo
Palavras-chave
Política Externa Brasileira, Política Interna do Brasil, Análise de Política Externa, Reforma da Governança Global, China e Sul Global
Artigo publicado em 2024-12-17