A discussão interna no Brasil sobre os seus parceiros comerciais mais adequados para promover o desenvolvimento económico, através de uma integração mais profunda e ampla na Cadeia Global de Valor (CGV), é um assunto com narrativas políticas divergentes. Por conseguinte, a evidência empírica é crucial para complementar estas considerações políticas com uma abordagem científica abrangente sobre os conjuntos disponíveis de escolhas óptimas para o Brasil sob competição estratégica de grandes potências entre a China e os EUA. Embora o volume crescente de comércio de valor acrescentado (TiVA) possa impulsionar as exportações e as taxas de crescimento do PIB, os efeitos a longo prazo nas condições do mercado de trabalho no Brasil estão ligados a variáveis como o valor acrescentado industrial, a produção interna, integração vertical, transferências tecnológicas e relações capital-trabalho (K/L). No período 2000-2015, as trocas brasileiras de TiVA com a China cresceram a um ritmo muito mais rápido do que as dos EUA, tornando-se assim o segundo maior parceiro mundial do Brasil. Neste capítulo, iremos, portanto, medir os efeitos globais das trocas de TiVA com a China e os EUA no mercado de trabalho brasileiro. Para além disso, este artigo também determinará quais os países/indústrias que se podem tornar a escolha ideal para o Brasil em termos de TiVA.
BRAZILIAN TIVA UNDER US-CHINA STRATEGIC COMPETITION AND IMPACT ON EXPORT-RELATED JOBS (2000-2015)
https://doi.org/10.26619/1647-7251.DT0324.16
ALBERTO J. LEBRÓN VEIGA, CARLOS M. MARTIN
Resumo
Palavras-chave
Comércio de valor acrescentado, Cadeia Global de Valor, Brasil, Política de Grandes Potências, China, EUA
Artigo publicado em 2024-12-17