Num mundo marcado pela competição entre os EUA e a China, a investigação americana em RI está a ignorar a UE, apresentando a contenda em termos de um jogo bipolar de soma zero e de teor exclusivamente militar. Utilizando a terminologia de Schweller, esta visão da competição hegemónica incita a UE a adotar uma posição de “bandwagon”, apoiando o status[1]quo “leão” dos EUA quando enfrenta o revisionismo “lobo” da China. Este artigo contraria esta narrativa bipolar para apresentar a opção mais interessante para a UE: tornar-se o equilibrador. Utilizando o conceito de autonomia estratégica, este documento defende que a UE deve ultrapassar as barreiras internas e externas para prosseguir a sua própria agenda nos assuntos mundiais. Neste contexto, o desafio da China oferece uma oportunidade incomparável para a UE manter o equilíbrio em três áreas: economia, assuntos de segurança e sistema de valores. Ao abraçar este papel de liderança, a UE recuperaria a sua relevância geopolítica, resistindo aos abalos do declínio americano e provando que, nos assuntos globais, a sabedoria e a estratégia de Minerva são os dons mais preciosos a reter.
IT’S NOT VENUS, BUT MINERVA: THE EUROPEAN QUEST FOR RELEVANCE VISÀ-VIS THE CHINA CHALLENG
https://doi.org/10.26619/1647-7251.DT0123.4
PABLO A. SÁNCHEZ-RODRÍGUEZ
Resumo
Palavras-chave
União Europeia, Competição EUA-China, Teoria das Relações Internacionais, Autonomia Estratégica, Equilíbrio de Poder
Artigo publicado em 2023-09-28